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Decoração vintage: o que dizem os profissionais?

Decoração vintage: o que dizem os profissionais?

Descubra a opinião de arquitetos e designers de interiores sobre a decoração vintage

A cultura vintage é uma tendência na sociedade de valorizar tudo o que é antigo e histórico ou que remeta ao passado. E isso reflete também nos projetos de arquitetura e design de interiores, através da decoração vintage.

Mas como usar o estilo vintage na decoração? Neste artigo você confere o que dizem os profissionais da área, além de dicas essenciais de decoração vintage para transformar um ambiente de sua casa ou comércio.

Para entender melhor o que é a decoração vintage e quais as diferentes com o clássico e o retrô, recomendamos a leitura do seguinte artigo: Saiba tudo sobre o estilo vintage.

Decoração vintage: o que dizem os profissionais?

A cultura vintage em alta

Não é de hoje que o estilo vintage tem adeptos. A valorização de antiguidades, sobretudo na decoração de ambientes, sempre existiu, mas atualmente tem conquistado o gosto e a procura do grande público.

“As feiras de antiguidades já existem há muitos anos. O que mudou foi a percepção das pessoas, que agora compreendem o valor dessas peças”, afirma Ricardo Bichara, vendedor de antiguidades em Curitiba.

Evento importante no setor e que adianta as tendências, a Feira Internacional de Arquitetura e Design em Milão é marcada pelo estilo vintage em projetos modernos e aconchegantes. Designers e arquitetos do mundo todo vêm se especializando nessa estética cada vez mais presente na decoração.

Inclusive, existem programas televisivos que são voltados exclusivamente para o achado de objetos vintage, como “Trato Feito” e “Caçadores de Relíquias”, das emissoras History e A&E Networks. Eles têm se tornado um sucesso da tevê a cabo e ajudam a impulsionar a busca por artefatos antigos.

E como mostra os programas citados, encontrar um objeto antigo pode ser um ótima aquisição. Quem deseja investir na decoração vintage ou se interessa por essa cultura se torna frequentador de antiquários, onde “garimpam” peças valiosas e únicas.

O restaurador e comerciante de antiguidades Nelson Raad é proprietário de um antiquário há 30 anos. Ele afirma que o mercado sempre existiu, e que os apreciadores de arte estão sempre frequentando sua loja. Para ele, “quem compra antiguidades, sabe o valor que tem, e gosta de saber a procedência e a história”.

E é exatamente nisso que consiste a decoração vintage: valorizar a história e o passado, criando um sentimento de nostalgia e aconchego ao ambiente. Por isso muitos utilizam móveis e objetos herdados de seus antepassados, como poltronas, cristaleiras, cômodas, espelhos, quadros, entre outros, pois contam a história da família. É como voltar à casa dos avós e se recordar dos tempos passados.

Para aqueles que não herdaram nenhum objeto antigo da família, a solução é visitar os antiquários e lojas de móveis antigos e “garimpar” as melhores opções que correspondam ao objetivo desejado. Mesmo que não se conheça a história desses objetos adquiridos, eles continuarão com sua aura de ter pertencido ao passado e presenciado uma outra época na História.

Como transformar um ambiente com a decoração vintage

A primeira coisa a se pensar quando opta-se pelo estilo vintage na decoração é na mobília. Essencialmente, o vintage é valorização de antiguidades e, por isso, o uso de móveis antigos é essencial para tornar um ambiente vintage.

Clara Reynaldo, arquiteta da empresa CR2 Arquitetura, cita a importância da mobília na decoração: “os objetos são elementos fundamentais para dar integração aos ambientes e deixar o espaço mais harmônico”.

Na imagem abaixo é possível conferir alguns dos projetos concretizados por Clara. Em um apartamento decorado inteiramente com o estilo vintage, o destaque vai para um antigo bar – que serve como armário – que deu um toque especial ao cômodo. No lado direito da imagem, a sala de jantar conta com cadeiras vintage em madeira e palha indiana, contrastando com o branco do ambiente.

Foto: reprodução – bbel.uol.com

Já o arquiteto Mario Celso Bernardes teve um insight e comprou o antigo apartamento de um conhecido, que foi construído no fim da década de 1940. O arquiteto aproveitou a estrutura antiga do imóvel e o transformou em um verdadeiro espaço vintage, cheio de personalidade e estilo. Mario usou suas vivências pessoais para contar sua própria história através da decoração.

“Não sou nada minimalista. Curto reunir muitos objetos e misturar referências. Minha casa conta histórias de viagens, de presentes que ganhei e mostra a minha personalidade. Sou brincalhão e expansivo”, revela à revista Claudia Casa.

Foto: Gui Morelli – Revista CASA CLAUDIA

Mario abusa do uso de quadros na composição da decoração vintage de seu apartamento. “Ao montar uma composição de quadros, começo por um e vou pendurando os demais em volta até ficar do jeito que gosto”, conta.

A utilização de quadros é uma característica da decoração vintage. Podem ser usados quadros antigos, fotografias, retratos e quadros com temática vintage, como automóveis, cinema, arte e bandas musicais que fizeram sucesso no passado.

Saiba mais: Como decorar uma parede com quadros vintage

Entretanto, decorar um ambiente com o estilo vintage não é transformá-lo em um cenário de época. É preciso, antes de tudo, priorizar a harmonia e o equilíbrio, tanto entre as cores e a disposição dos móveis quanto entre o presente e o passado, o antigo e o contemporâneo.

O estilo vintage pode conviver muito bem com peças de design contemporâneo, criando assim uma ambientação atemporal e com muito mais personalidade.

Segundo Pedro Gismondi, arquiteto especializado em design de interiores, as peças vintage são atemporais e dão vida aos ambientes. Para muito de seus clientes, ele incorpora a mobília antiga ao estilo contemporâneo da casa, através de uma repaginada nesses móveis.

“A dica mais preciosa é que as pessoas podem repaginar móveis antigos que já pertenceram a outros membros da família. Além de preservar uma história, a peça trabalhada fica totalmente integrada ao ambiente. Ganha destaque, mas sem cafonice”, explica Gismondi ao jornal O Globo.

Para a arquiteta Mariana Nogueira, “o uso dessas peças clássicas traz um calor humano ao projeto contemporâneo. Da mesma forma que os cheiros e sabores trazem lembranças, a arquitetura também pode despertar essa memória. Um projeto não deve abrir mão da história de seus moradores”.

Foto: reprodução – casavogue.globo.com

A sala retratada na imagem acima foi elaborada por Nildo José. O cômodo conta com um clássico sofá Chesterfield, de 5 metros de comprimento, e com uma antiga tevê que é usada como bar. Para descontrair o ambiente, uma composição de quadros com temática vintage.

Já no quarto abaixo, assinado por Nicole Hollis, as cores trazem alegria e personalidade ao cômodo. Na parede, que é de madeira, optou-se pelo uso de papel de parede na parte superior e pela cor verde em tom pastel embaixo. As cores em tons pastéis são bastante utilizadas na decoração vintage, pois remetem ao passado ao representar a ideia de que a tinta foi perdendo a cor com o passar do tempo.

Foto: reprodução – casavogue.globo.com

“Peças clássicas – que podem até ser de antiquário, como cômodas, cadeiras ou pequenas mesas – resultam em produções belíssimas”, observa o arquiteto e designer Luís Fábio Araújo. Para ele, esses artefatos precisam aparecer como destaque e, portanto, não podem deixar o ambiente pesado ou ser utilizados em exagero.

O arquiteto Gismondi concorda ao comentar sobre sua preferência pessoal: “eu, particularmente, não gosto de usar muitos móveis num único ambiente. A peça, por ser diferente, vai ganhar destaque, e muitos elementos podem deixar o lugar confuso”.

Saiba mais

Se você gostou dessas dicas e tem interesse em saber mais sobre a decoração vintage, você encontra muitos outros artigos sobre o tema no blog da Machine Cult. Como recomendação, indicamos os seguintes textos:

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Fontes consultadas: