Capacetes de motos, uma breve história
Todo apaixonado por motos conhece a importância do uso de equipamentos de proteção, dos quais o mais conhecido certamente é o capacete. Utilizado para evitar lesões na região da cabeça em caso de acidentes, o artigo é essencial e seu uso é compulsório por lei na maioria dos países. O que poucos imaginam é que o capacete passou por um longo processo de evolução até chegar ao modelo que conhecemos hoje.
A evolução do capacete
Em âmbito militar, a proteção da cabeça é sabidamente empregada desde os primeiros séculos de existência da humanidade, com elmos e capacetes. A inspiração para a criação de proteção automobilística certamente vem de tais recursos.
A produção do primeiro capacete é atribuída a Gottlieb Daimler, em 1885. O intuito do equipamento não era exatamente o mesmo de hoje, mas foram as bases para a proteção pessoal. A partir da década de 30, o interesse pela velocidade e por motos cada vez mais rápidas (principalmente nos Estados Unidos, numa competição entre a Harley-Davidson e a Indian) aumentou consideravelmente os casos fatais de acidentes.
Foi em 1953 que um professor da University of Southern California (USC), C.F. Lombard, desenvolveu um protótipo com camadas que não só absorviam o choque de um impacto, mas também distribuíam o choque acumulado. Lombard registrou uma patente de sua invenção, que se tornou padrão para produção e desenvolvimento dos capacetes modernos.
Atualmente, os projetos ainda contemplam o modelo de Lombard. Por dentro, uma EPS (espuma de poliestireno expandido), que tem densidade e consistência para suportar um impacto. Por fora, uma camada de plásticos ou fibras. A ideia é que o equipamento fique distorcido com a força da batida, absorvendo integralmente a energia e impedindo que a mesma destine-se ao crânio do usuário.
Tipos de Capacetes:
- face completa: como o nome sugere, este modelo possui cobertura em toda a região facial, uma espécie de “escudo” ou visor;
- motocross: queixo alongado e orifício na região dos olhos para o uso de óculos de proteção adicionais são as principais características dos modelos empregados nas corridas off-road;
- modular: também conhecidos como flip ou “conversíveis”, possuem a viseira retrátil, proporcionando praticidade e conveniência. É o tipo mais encontrado em centros urbanos;
- 3/4: cobre as orelhas, bochechas e nuca, deixando o queixo desprotegido. Não é muito efetivo para casos de colisão frontal, embora mantenha a proteção para a parte traseira da cabeça;
- meia-cabeça: proteção mínima, apenas na porção superior da cabeça (sem cobertura da região das orelhas). Ficou popular nos anos 60, mas seu uso é desencorajado.
Cômodos ou não, os capacetes são amigos inseparáveis dos motociclistas. Não usá-los é arriscado e pode colocar tudo a perder. A Machine Cult apoia o uso obrigatório do equipamento como maneira de aumentar a segurança e proporcionar o deleite total da liberdade que só as motos podem oferecer.
Todos os capacetes mostrados neste post são da empresa francesa Ruby, www.ateliersruby.com.
Agora que conhece sobre a história do capacete de moto, leia a matéria que fizemos sobre a Rota 66.