Yonkers Motorcycles Club, foi primeiro motoclube conhecido, e inaugurou este estilo tão particular de fraternidade.
Uma viagem de moto pode ser ainda melhor na companhia de outros motociclistas que entendem o verdadeiro sentimento de liberdade sobre duas rodas. Companheirismo, lealdade e uma paixão em comum é o que faz dos motoclubes o refúgio perfeito para motociclistas de todos os tipos. Fazer parte de um grupo significa pertencer a uma irmandade, onde é possível encontrar semelhantes e viver de acordo com uma tradição que se perpetua. Se você também ama motocicletas, então confira a história dos motoclubes.
Origem dos Motoclubes
Desde a sua criação, a moto desperta o interesse de diversas pessoas, que encontram nela uma maneira de viver intensamente. Foi a partir dessa paixão que se criou o primeiro motoclube do qual se tem notícias, o Yonkers Motorcycles Club, de Nova York. A criação aconteceu logo após o lançamento da primeira Harley-Davidson, uma marca que hoje é referência mundial. Com o tempo, o número de grupos foi crescendo por todo o território americano, que se diferenciavam através de símbolos escolhidos para representar o seu clube. Com eles, as corridas de moto se tornaram frequentes e o interesse pelo veículo e pelos MC cresceram consideravelmente.
Já no Brasil, o grupo mais antigo do qual se tem notícia é o Moto Club do Brasil, de 1927.
Mudanças
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a realidade das pessoas mudou. Depois de anos de lutas e devastação, muitos veteranos na América do Norte sentiam grande dificuldade em se readaptar à vida comum. As motocicletas e os seus clubes se tornaram uma válvula de escape para muitos homens e, dessa forma, a popularidade e a criação de novos grupos cresceram consideravelmente na década de 40. Os símbolos passaram a exercer um papel ainda maior na diferenciação de cada MC e a hierarquia militar se transformou na estrutura de níveis e cargos.
A rivalidade entre clubes começa então a crescer e as brigas passam a fazer parte do que permeia não apenas a rotina de muitos membros, mas também o imaginário popular através da mídia, que se alimentava de notícias sensacionalistas, taxando os motociclistas de foras da lei. Em 1954, o lançamento do filme “O Selvagem”, estrelado por Marlon Brando, sobre um incidente real, fez com que a imagem dos motoqueiros se tornasse ainda pior para a população e com que muitos clubes fossem criados como verdadeiras gangues.
Por outro lado, a década de 60 trouxe uma nova visão, transformando a imagem do motociclista em alguém que busca liberdade e quer romper padrões sociais antiquados. Filmes como “Sem Destino” ajudaram a fixar essa nova imagem.
Com o passar do tempo, muita coisa mudou e os motoclubes se tornaram cada vez maiores e frequentes em todo o mundo. Hoje é possível encontrar diversos tipos, para todos os gostos, paixões e ideologias.
A cultura motociclística se transformou com os anos, mas o amor à velocidade e à liberdade permanece entre todos os adeptos.